Nascido de pai português e mãe escrava, era mulato e pobre. Afilhado do Visconde do Ouro Preto, conseguiu estudar e ingressar aos 15 anos na Escola Politécnica. Lá sofreu toda sorte de humilhações e preconceitos e, quando estava no 3º ano, teve de trabalhar e sustentar a família, pois o pai enlouquecera. Presta concurso para escriturário no Ministério da Guerra, permanecendo nessa modesta função até aposentar-se.
Socialista influenciado por autores russos, Lima Barreto vive intensamente as contradições do início do século, torna-se alcoólatra e passa por profundas crises depressivas, sendo internado por duas vezes. Em todos os seus romances, percebe-se traço autobiográfico, principalmente através de personagens negros ou mestiços que sofrem preconceitos.
Mostra um perfeito retrato do subúrbio carioca, criticando a miséria das favelas e dos cortiços. Posiciona-se contra o nacionalismo ufanista, a educação recebida pelas mulheres, voltada para o casamento, e a República com seu exagerado militarismo. Utiliza-se da alta sociedade para desmacará-la, desmitificá-la em sua banalidade.
Seus personagens são humildes funcionários públicos, alcoólatras e miseráveis.. Sua linguagem é jornalística e até panfletária.
*Suas Principais Obras:
Romance:
- Recordações do Escrivão Isaías Camnha (tematiza preconceito racial e crítica ao jornalismo carioca - 1909).
- Triste Fim de Policarpo Quaresma (inicialmente publicado em folhetins - 1915)
- Numa e Ninfa (1915).
- Vida e Morte de M. J. Gonzaga e Sá (1919).
- Clara dos Anjos (1948).
Conto: - História e Sonhos (1956).
Sátira Política e Literária:
- Os Bruzundangas (1923).
- Coisas do Reino do Jambon (1956).
Humorismo: - Aventuras do Dr. Bogoloff (1912).
Artigos e Crônicas: - Feiras e Mafuás (1956).
- Bagatelas (1956).
Crônicas sobre Folclore Urbano:
Matginália (1956).
Vida Urbana (1956).
Memórias:
- Diário Íntimo (1956).
- Cemitério dos Vivos (1956).
Um comentário:
qual a obra + famosa de Lima Barreto ?
Postar um comentário